A logística reversa no contexto do ciclo de vida do produto

A logística reversa e seu importante papel na gestão do ciclo de vida do produto. Entenda como uma abordagem integrada pode trazer benefícios.

A pressão pelo aumento no consumo mundial gera problemas que não são simples de se resolver, mas que precisam ser pensados agora para que não se tornem ainda maiores. Você já parou para pensar no volume de resíduos gerados diariamente em sua cidade? E o destino final? Você sabe o que é feito com ele?

Quantas vezes por semana você repete a tarefa de ensacar seu lixo e colocá-lo na rua, esperando que alguém o recolha e resolva o seu problema? Essa é, de forma bem resumida, a tarefa de apenas um dos atores envolvidos nesse processo: o consumidor. Comerciantes, distribuidores, fabricantes e importadores completam essa lista e atuam nos dois sentidos deste processo: no sentido produção/consumo e vice-versa (logística reversa).

Ciclo de vida do produto

Normalmente pensa-se no ciclo de vida do produto apenas no sentido de produção. Como uma série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, desde a obtenção de matérias-primas e insumos para a fabricação, o processo produção, o consumo e até mesmo o descarte.

O modelo de ciclo de vida prevê um descarte apropriado dos produtos pós-consumo, mas concentra as atenções no sentido primário do processo, que começa da produção e termina no consumo.

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é clara. A responsabilidade do manejo dos resíduos, visando minimizar seu volume e reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental, deve ser compartilhadas entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos.

Ou seja, trata-se de um processo complexo que não pode ser tratado de forma simples, a ponto de ser representado por uma sequência simples de atividades.

Logística reversa

A PNRS reforça a logística reversa como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”

Talvez o termo “instrumento” escolhido pela PNRS para descrever a logística reversa possa ter contribuído para a interpretação de que ciclo de vida e logística reversa são apenas processos complementares. Mas o fato é que a logística reversa tem papel fundamental na avaliação e na compreensão do ciclo de vida de qualquer produto.

Ao compreender esta perspectiva mais ampla do ciclo de vida se percebe que o seu grande foco está na busca das melhores práticas socioambientais para a produção e o consumo conscientes, incluindo o uso eficiente de matérias-primas e energia e o enquadramento na hierarquia de gerenciamento de resíduos sólidos.

Benefícios da abordagem integrada

Para muitas empresas, esse tema é uma questão de obrigação, já que a legislação que regulamenta a PNRS obriga a prática da logística reversa para alguns segmentos. Mas existem muitos outros motivos relevantes que justificam o investimento na avaliação completa do ciclo de vida do produto (incluindo a sua logística reversa):

  • Melhoria dos processos, ao observar o retorno de produtos por problemas de qualidade ou insatisfação dos clientes;
  • Redução de custos, através do melhor aproveitamento da matéria-prima e da melhoria dos processos;
  • Geração de novas receitas, visto que um programa de logística reversa abre novas oportunidades de negócio;
  • Melhoria da imagem da empresa, pois uma empresa que pensa no meio ambiente tem uma imagem melhor frente aos seus consumidores;
  • Diferencial competitivo, já que o monitoramento do ciclo de vida dos produtos provê às empresas informações diferenciadas de uma abordagem tradicional.

Gestão do ciclo de vida do produto, logística reversa e gestão de resíduos são temas ainda não tão explorados nas empresas, mas que, conforme já exposto, podem trazer muitos benefícios, principalmente se acompanhados de um sistema capaz oferecer recursos que facilitam essa gestão de forma integrada.

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Tobias Schroeder

Autor

Tobias Schroeder

Especialista em Gestão Estratégica pela UFPR. Analista de negócios e mercado na SoftExpert, fornecedora de software para automação e aprimoramento dos processos de negócio, conformidade regulamentar e governança corporativa.

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