A Política Nacional de Resíduos Sólidos e como ela afeta o seu negócio
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos e como ela afeta o seu negócio

Publicado em 1 de February de 2017

Conheça, nesse post, um panorama sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a recolher e a destinar corretamente o resíduo produzido.

Tornar o seu negócio sustentável, com o menor impacto possível para o ambiente, não é mais uma opção. É uma obrigação.

Regulamentada em dezembro de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos exige que muitas empresas desenvolvam um sistema de logística reversa, que permita o retorno dos resíduos à indústria para serem reaproveitados. As regras chegaram para dividir a responsabilidade entre todos os players, dos fabricantes aos consumidores.

Estados e municípios tiveram até 2012 para definir o modelo de recolhimento, reciclagem e destinação final dos resíduos. Do lado dos fabricantes, cabe aos empresários encontrar a melhor maneira de encaminhar os resíduos produzidos por seu negócio e, quem sabe, até ganhar dinheiro com isso.

Plano de resíduos

Pela lei, toda empresa deve descrever o ciclo de vida de seu produto e a operação de tratamento dos resíduos gerados durante sua fabricação. A exceção são as micro e pequenas empresas (com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões) que geram apenas resíduos sólidos domiciliares (papel, lixo comum). Essas estão dispensadas de apresentar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Para todas as demais, o plano é obrigatório, com fiscalização por parte dos municípios.

Na prática, isso significa ir além da simples lição de casa: coleta seletiva de materiais, racionamento de energia e reúso de água, quando apropriado. É necessário ter um entendimento completo da cadeia de matérias primas e insumos em que a empresa está envolvida. Também é preciso treinar os funcionários para que se adaptem a essa cultura sustentável. Em vez de encarecer os custos de produção, a lei pode até gerar economia para os pequenos empreendedores, desde que usem a criatividade.

Descarte

Uma coisa é certa: nenhuma empresa, seja de pequeno ou grande porte, poderá dar conta dos resíduos de forma isolada. Para que a lei funcione, é necessário desenvolver um processo articulado que envolva empresas, prefeituras, associações setoriais, fornecedores, clientes, cooperativas e recicladoras. Não cabe ao empreendedor tentar solucionar, sozinho, a questão do descarte. Ao invés disso, deve-se optar por parcerias com outras empresas ou pela terceirização do serviço.

A primeira medida é descobrir se a associação responsável pelo seu setor já conta com um plano de gerenciamento consolidado, e entender como o seu negócio se encaixa nele.

Outra providência é entrar em contato com empresas recicladoras e cooperativas de catadores de lixo que atendam ao seu segmento. Verifique se o possível parceiro tem licença ambiental para garantir a correta destinação desses resíduos. Também leve em consideração que a maior parte dessas empresas cobra pelo recolhimento do material: faça uma pesquisa e vá atrás do melhor preço.

Gestão de resíduos

A lei define regras, mas o cumprimento delas não depende apenas da boa vontade dos empresários ou de consciência ambiental. É preciso planejar, colocar em prática, acompanhar e aprimorar. O ciclo fundamental de uma boa gestão. Além de fazer a gestão do seu produto, empresas também precisam fazer a gestão dos seus resíduos. Onde são produzidos, a quantidade, sua movimentação e sua disposição final.

Para comprovar as evidências dessas etapas, a gestão precisa ser objetiva e transparente. Nesse ponto, um sistema de tecnologia de informação pode ajudar muito. O sistema diminui a complexidade do processo, principalmente quando estamos falando de grandes geradores de resíduos.

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Sobre o autor
Tobias Schroeder

Tobias Schroeder

Especialista em Gestão Estratégica pela UFPR. Analista de negócios e mercado na SoftExpert, fornecedora de software para automação e aprimoramento dos processos de negócio, conformidade regulamentar e governança corporativa.

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