Dicas para uma Equipe de Segurança dos Alimentos (ESA) mais participativa
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Dicas para uma Equipe de Segurança dos Alimentos (ESA) mais participativa

Publicado em 16 de Fevereiro de 2024

A segurança dos alimentos é um assunto de extrema importância para qualquer empresa que atua no setor alimentício, tanto na produção ou no processamento como no transporte, na distribuição ou na comercialização de alimentos.

Ela envolve a prevenção e o controle de riscos que podem comprometer a qualidade, a inocuidade e a integridade dos alimentos, causando danos à saúde dos consumidores e à reputação da empresa.

Para garantir a segurança dos alimentos, é essencial que a empresa conte com uma ESA – Equipe de Segurança dos Alimentos –, formada por profissionais capacitados e comprometidos com as boas práticas de fabricação, higiene, manipulação, armazenamento e transporte dos alimentos.

Mas o que é a ESA e quem deve fazer parte dela?

A ESA é a sigla para Equipe de Segurança dos Alimentos, que é um grupo multidisciplinar responsável por planejar, implementar, monitorar e melhorar o sistema de gestão da segurança dos alimentos nas empresas.

A ESA deve ser composta por representantes do maior número possível de setores envolvidos na cadeia produtiva dos alimentos, como produção, qualidade, logística, vendas, marketing, RH, compras, etc.

A ESA deve ter também o apoio e o envolvimento direto da alta direção da empresa, que deve fornecer os recursos, as ferramentas, o suporte e o reconhecimento necessários para o bom funcionamento da equipe.

Qual é a importância da ESA?

A ESA é importante porque é responsável por garantir que os alimentos produzidos pela empresa atendam aos requisitos legais e normativos de segurança dos alimentos, bem como às expectativas e necessidades dos clientes.

A ESA é também responsável por identificar e gerenciar os perigos e os Pontos Críticos de Controle (PCC) que podem afetar a segurança dos alimentos, utilizando ferramentas como a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

A equipe é ainda responsável por promover a melhoria contínua do sistema de gestão da segurança dos alimentos, buscando a prevenção de não conformidades, a correção de falhas, a eliminação de desperdícios, a redução de custos, o aumento da produtividade, a inovação e a competitividade.

A ESA é obrigatória para empresas certificadas ISO 22000?

A resposta é sim! A ESA é obrigatória para as empresas que são certificadas na norma ISO 22000, que é a norma internacional que estabelece os requisitos para um sistema de gestão da segurança dos alimentos.

A norma ISO 22000 exige que a empresa tenha uma equipe de segurança dos alimentos que seja responsável por:

•  Estabelecer, implementar, manter e atualizar o sistema de gestão da segurança dos alimentos;

•  Comunicar à alta direção as informações sobre o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da segurança dos alimentos;

•  Assegurar que o sistema de gestão da segurança dos alimentos esteja em conformidade com os requisitos legais e normativos aplicáveis;

•  Assegurar que os objetivos e as metas de segurança dos alimentos sejam estabelecidos, medidos e revisados;

•  Assegurar que os recursos necessários para o sistema de gestão da segurança dos alimentos sejam disponibilizados e alocados;

•  Assegurar que os colaboradores sejam conscientizados, treinados e competentes em relação à segurança dos alimentos;

•  Assegurar que as comunicações internas e externas sobre a segurança dos alimentos sejam efetivas e adequadas;

•  Assegurar que as auditorias internas e externas de segurança dos alimentos sejam realizadas e acompanhadas;

•  Assegurar que as ações corretivas e preventivas de segurança dos alimentos sejam implementadas e monitoradas;

•  Assegurar que a análise crítica do sistema de gestão da segurança dos alimentos seja realizada periodicamente.

Mas como fazer com que a ESA seja mais participativa, engajada e eficaz na gestão da segurança dos alimentos?

Neste post, dou algumas dicas para você melhorar o desempenho da sua ESA e torná-la mais participativa. Confira!

1) Defina os papéis e responsabilidades da ESA

A primeira dica é definir claramente os papéis e responsabilidades de cada membro da ESA, de acordo com as suas competências, habilidades e experiências. A ESA deve ter um líder, que será o responsável por coordenar, orientar, motivar e avaliar a equipe, além de ser o interlocutor entre a equipe e a alta direção da empresa.

A ESA também deve ter membros com funções específicas, tais como:

•  Responsável pela elaboração e atualização dos documentos relacionados à segurança dos alimentos, como manuais, procedimentos, instruções, registros, etc.;

•  Responsável pela realização e acompanhamento das auditorias internas e externas de segurança dos alimentos, verificando o cumprimento dos requisitos legais e normativos;

•  Responsável pela identificação, análise, avaliação e tratamento dos riscos de segurança dos alimentos, utilizando ferramentas como a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC);

•  Responsável pela implementação e monitoramento das ações corretivas e preventivas de segurança dos alimentos, visando eliminar ou reduzir as não conformidades e as oportunidades de melhoria;

•  Responsável pela capacitação e conscientização dos colaboradores sobre a importância da segurança dos alimentos, promovendo treinamentos, palestras, campanhas, etc.

Ao definir os papéis e responsabilidades da ESA, você estará contribuindo para que a equipe tenha mais clareza, organização, autonomia e comprometimento com as suas atividades.

2) Estabeleça metas e indicadores de segurança dos alimentos

A segunda dica é estabelecer metas e indicadores de segurança dos alimentos, que devem estar alinhados com a política, os objetivos e a estratégia da empresa.

As metas devem ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART), e devem refletir os resultados esperados da gestão da segurança dos alimentos. Os indicadores devem ser quantitativos ou qualitativos, e devem permitir medir o desempenho, a eficácia e a eficiência da gestão da segurança dos alimentos.

Alguns exemplos de metas e indicadores de segurança dos alimentos são:

•  Reduzir o número de reclamações de clientes relacionadas à qualidade e à inocuidade dos alimentos em W%;

•  Aumentar o índice de conformidade das auditorias internas e externas de segurança dos alimentos em X%;

•  Diminuir o número de não conformidades e ações corretivas e preventivas de segurança dos alimentos em Y%;

•  Aumentar o nível de satisfação e de conhecimento dos colaboradores sobre a segurança dos alimentos em Z%.

Ao estabelecer metas e indicadores de segurança dos alimentos, você estará contribuindo para que a equipe tenha mais foco, motivação, desafio e reconhecimento em suas atividades.

3) Promova a comunicação e a colaboração entre a ESA e os demais setores da empresa

A terceira dica é promover a comunicação e a colaboração entre a ESA e os demais setores da empresa, como produção, qualidade, logística, vendas, marketing, etc.

A comunicação deve ser clara, objetiva, frequente e bidirecional, utilizando os canais e os meios adequados para cada situação, como e-mails, reuniões, murais, boletins, etc. Ela deve envolver o compartilhamento de informações, conhecimentos, experiências, feedbacks, sugestões, elogios e críticas e ser baseada na cooperação, na confiança, no respeito, na transparência, na ética e na responsabilidade, buscando a integração, a sinergia, a solução de problemas e a melhoria contínua.

A colaboração deve envolver a participação, a contribuição, a cooperação, a coordenação, a negociação, a tomada de decisão, a implementação e a avaliação das ações de segurança dos alimentos. Ao promover a comunicação e a colaboração entre a ESA e os demais setores da empresa, você estará contribuindo para que a equipe tenha mais integração, relacionamento, aprendizado e inovação com as suas atividades.

4) Reconheça e valorize o trabalho da ESA

A quarta dica é reconhecer e valorizar o trabalho da ESA, demonstrando o seu apreço, o seu reconhecimento e a sua gratidão pela dedicação, pelo esforço e pelos resultados da equipe.

O reconhecimento e a valorização podem ser feitos de diversas formas, tais como:

•  Elogiar e agradecer a equipe pelos seus feitos e conquistas, de forma pública ou privada, verbal ou escrita;

•  Premiar e incentivar a equipe pelos seus desempenhos e méritos, de forma material ou imaterial, individual ou coletiva;

•  Desenvolver e capacitar a equipe pelos seus potenciais e talentos, de forma contínua ou pontual, formal ou informal;

•  Empoderar e delegar a equipe pelos seus conhecimentos e habilidades, de forma gradativa ou imediata, parcial ou total.

Ao reconhecer e valorizar o trabalho da ESA, você estará contribuindo para que a equipe tenha mais autoestima, autoconfiança, automotivação e autodesenvolvimento com as suas atividades.

Conclusão

Neste post, eu dei algumas dicas para você melhorar o desempenho da sua ESA e torná-la mais participativa. Espero que elas sejam úteis para você e para a sua empresa.

Lembre-se de que a segurança dos alimentos é um assunto de extrema importância para o seu negócio, e que a ESA é uma equipe fundamental para garantir a qualidade, a segurança e a integridade dos seus produtos.

Por isso, invista na sua ESA, dê a ela os recursos, as ferramentas, o apoio e o reconhecimento que ela merece, e colha os frutos de uma gestão de segurança dos alimentos mais eficaz e eficiente.

Se você gostou deste post e quer saber mais sobre como a SoftExpert pode ajudar você a garantir a segurança dos alimentos na sua empresa por meio da tecnologia, entre em contato conosco. Nós teremos o prazer de atendê-lo.

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Sobre o autor
Camilla Christino

Camilla Christino

Camilla Christino é Analista de Produto e Mercado da SoftExpert, formou-se em Engenharia de Alimentos no Instituto Mauá de Tecnologia. Detém sólida experiência na área de qualidade em indústrias de alimentos com foco em acompanhamento e adequações de processos de auditorias interna e externa,documentação do sistema de gestão da qualidade (ISO 9001, FSSC 22000, ISO/IEC 17025), Controle da Qualidade, Assuntos Regulatórios, BPF, APPCC e Food Chemical Codex (FCC). Ela também é certificada como auditora líder na norma ISO 9001:2015.

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