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Eficiência operacional e compliance: estratégias para alinhar crescimento e conformidade em setores regulados

Em setores altamente regulados, há pressão simultânea de ter eficiência operacional e cumprir rigorosamente normas complexas. Ao colocar isso em prática, empresas mitigam riscos e abrem o caminho para crescimento sustentável.

Publicado em 2 de Setembro de 2025
11 min de leitura

Em setores altamente regulados, líderes empresariais enfrentam a pressão simultânea de ter eficiência operacional e cumprir rigorosamente normas complexas. Um estudo da KPMG destaca que diretores de compliance convivem com “pressão contínua e ininterrupta para reduzir custos e melhorar a eficiência”, ao mesmo tempo em que suas responsabilidades se ampliam além do mero cumprimento legal.

Conforme pesquisa da Gartner, 39% dos executivos concordam que é preciso adotar estratégias que acompanhem o ritmo das novas exigências regulatórias, dado o volume constante de mudanças que impactam as companhias.

Ou seja, conjugar eficiência operacional e conformidade não é trivial. Por um lado, processos ágeis e enxutos aumentam a produtividade; por outro, compliance protege contra riscos financeiros, reputacionais e legais. As organizações que entendem essa sinergia encontram vantagens competitivas: elas evitam multas milionárias e paralisações, enquanto suas operações eficientes reduzem desperdícios.

Por exemplo, empresas SaaS que investem em padrões de segurança (como SOC 2 ou ISO 27001) não apenas evitam prejuízos, como também ganham confiança dos clientes. Em 2023, 29% das empresas perderam negócios por não terem certificações de segurança, enquanto 72% realizaram auditorias justamente para conquistar novos clientes, de acordo com estudo da empresa A-LIGN

Ou seja: eficiência e compliance integrados fortalecem a empresa, mitigam riscos e abrem o caminho para crescimento sustentável. Mas garantir essa união pode ser mais difícil do que parece. 

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Os desafios para conciliar eficiência operacional e compliance

As principais barreiras para equilibrar esses objetivos começam pelo ritmo acelerado das mudanças regulatórias. Um estudo da Thomson Reuters mostra que 61% dos profissionais de risco e compliance consideram que se manter atualizado com as mudanças regulatórias é uma das suas três principais prioridades

Ao mesmo tempo, a complexidade dos regulamentos aumenta o risco de incidentes. Os líderes de compliance alertam que a falta de aderência pode gerar multas vultosas: a Deloitte aponta que somente nos EUA foram aplicados mais de 5 bilhões de dólares em penalidades no ano de 2023

Nesse cenário de mudanças constantes que oferecem multas agressivas em casos de não conformidade, ferramentas tradicionais muitas vezes não são suficientes. Isso ocorre quando sistemas legados de compliance são isolados, deixando informações críticas dispersas e desatualizadas pela organização. Como resultado, fica quase impossível tomar decisões baseadas em dados corretos. 

Além disso, há desafios internos de cultura e processo. Muitas empresas ainda tratam tecnologia de compliance de forma reativa, sem fluxo de informação eficiente. É preciso fazer com que as informações venham até você, de forma acionável, e não que você precisar buscá-las. Sistemas integrados devem antecipar mudanças (por exemplo, usando IA para mapear novas legislações) em vez de depender de ações manuais. 

Outro ponto crítico é a fragmentação de dados. Quando departamentos ou ferramentas não conversam entre si, surgem silos de informação que atrasam análises e ações. Além disso, essa situação é muitas vezes acompanhada pela resistência à mudança. Equipes acostumadas a processos manuais tendem a evitar novas ferramentas ou fluxos de trabalho, comprometendo tanto a eficiência quanto a aderência às normas. 

Estratégias para superar essas barreiras 

Para vencer esses desafios, a minha primeira recomendação é realizar um planejamento estratégico. Antes de implementar iniciativas complexas (como de transformação digital), as empresas devem investir tempo em entender o contexto completo do negócio e do ambiente regulatório. 

No início, é mais importante compreender o contexto do que acelerar a execução. Estratégia antes da ação garante alinhamento entre riscos e objetivos corporativos. 

Uma cultura organizacional integrada é igualmente fundamental. A alta liderança deve fortalecer o programa de compliance: o sucesso da estratégia de compliance depende diretamente do apoio do conselho de administração, comitês de auditoria e da alta diretoria trabalhando em conjunto. Em seguida, os líderes devem deixar todos os processos claros e acessíveis por todos os envolvidos nas iniciativas, assim reduzindo o retrabalho. 

Implementar uma ferramenta é fácil, mas construir uma cultura de eficácia e conformidade é o desafio que precisa ser superado. É preciso, por exemplo, contar com treinamentos constantes e canais de denúncia bem divulgados. Isso reforça a cultura de ética e conformidade. 

Além disso, recomendo adotar soluções tecnológicas que automatizem controles. Plataformas integradas de GRC (Governança, Risco e Compliance) permitem mapear riscos, gerenciar controles e realizar auditorias automáticas sobre processos críticos. 

A Inteligência Artificial (IA) e análise preditiva também são empregadas para rastrear grandes volumes de dados. Por exemplo, algoritmos de IA podem identificar padrões atípicos que indiquem fraudes ou desvios e sinalizar antecipadamente áreas de atenção. Todo esse esforço gera retorno sobre investimento e ganho de eficiência. 

É fundamental valorizar o processo decisório e buscar maximizar o ROI em cada iniciativa, sempre atrelando orçamento a metas de redução de custos e melhoria de performance. Seguindo essas práticas, a operação de uma empresa pode colher os frutos de unir gestão eficiente, cultura de conformidade e transformação digital, ganhando tanto em agilidade quanto em resiliência.

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Como usar a tecnologia para impulsionar a eficiência operacional e a conformidade 

A tecnologia é a principal aliada para integrar eficiência e compliance. Entre os recursos que mais geram impacto, destacam-se: 

  • Inteligência Artificial e Machine Learning: Essas tecnologias permitem automatizar o monitoramento regulatório em tempo real. Ferramentas baseadas em IA filtram alterações normativas relevantes para o negócio, realizam análises de impacto e sugerem fluxos de ação. Esse uso proativo da IA evita surpresas e libera a equipe de tarefas manuais repetitivas. 
  • Automação de processos (RPA): Alguns softwares podem executar tarefas rotineiras de compliance (triagem de documentos, preenchimento de relatórios regulatórios ou verificação de listas de sanções, por exemplo) com velocidade e precisão de forma automática. Isso aumenta a produtividade e reduz erros humanos, acelerando a entrega de conformidade sem aumentar a carga de trabalho das equipes. 
  • ERP potencializado: Sistemas de gestão de conformidade consolidam dados financeiros, operacionais e regulatórios em uma única plataforma. Essa integração evita redundâncias e facilita a auditoria contínua. Ao integrar esse tipo de solução com um ERP, é possível incorporar módulos de controles internos, ligação direta com regras fiscais e monitoramento em tempo real, alinhando eficiência financeira com aderência normativa. 
  • Integração de soluções: Manter sistemas isolados compromete a eficiência. Como alerta a Gartner, ferramentas legadas com design em silos espalham as informações críticas, tornando impossível tomar decisões rápidas e confiáveis. Empresas de sucesso investem na integração de dados: elas conectam plataformas de compliance, ERPs e demais softwares de gestão para que todos os stakeholders tenham acesso simplificado às informações necessárias. 

Os erros que todo líder de sucesso deve evitar 

Líderes devem evitar armadilhas clássicas se quiserem garantir que eficiência e conformidade caminhem lado a lado. Novamente, cada setor e companhia terá seus obstáculos particulares, mas há aqueles que costumam atrapalhar a maioria das lideranças. Os principais são: 

  • Falta de integração técnica: Manter múltiplos sistemas desconectados gera retrabalho e duplicação de esforços. Isso cria gargalos operacionais que anulam ganhos de eficiência. 
  • Informações dispersas e de difícil acesso: Se as normas, contratos e controles ficam armazenados em lugares diferentes (e-mails, planilhas locais, sistemas não integrados etc.), cresce o risco de falhas e não conformidades. É comum equipes perderem tempo buscando dados ou desconhecerem obrigações críticas. 
  • Resistência à mudança: Não treinar ou engajar as pessoas no novo modelo é um erro grave. Sem a qualificação adequada e suporte da liderança, até a melhor tecnologia pode não produzir resultado. 
  • Visão reativa: Ignorar inovações e esperar que problemas apareçam primeiro para depois remediá-los resulta em atrasos e perdas. Muitas empresas ainda não usam a tecnologia de forma ativa para se adiantar às mudanças regulatórias – o que gera não somente ineficiência operacional, mas também risco de multas causadas por não conformidades. 

Enfrentar esses erros garante que a gestão de compliance não se torne um entrave. Fazer isso é fundamental para prevenir gargalos que impediriam a operação de funcionar de maneira integrada e eficiente. 

Radar da inovação - Guia para avaliar e priorizar tendências

Como colocamos essa abordagem em prática 

Em minha história na SoftExpert, sempre busquei unir com sucesso a eficiência e a conformidade. Nosso modelo de atuação prioriza estratégia e ROI sobre uma simples visão de custos. 

Aqui valorizamos o processo de decisão e retorno sobre investimento de todas as nossas ações. Dessa forma, criamos projetos orientados por valor agregado ao cliente. Internamente, investimos em automação de processos e equipes altamente capacitadas, para que a operação seja enxuta e flexível. 

Na prática, isso significa que as soluções da SoftExpert oferecem aos clientes ferramentas integradas de gestão que automatizam tarefas rotineiras. Alguns exemplos são a importação de dados de transações, geração de relatórios de compliance e alertas automáticos sobre regras atualizadas. Com isso, as empresas utilizam nossas soluções (como BPM, GRC, ERM e a Suite) para aumentar eficiência, reduzir custos e fortalecer a conformidade regulatória. 

Entregamos um sistema que ajuda a automatizar tarefas, aumentar a eficiência, reduzir custos e ampliar o ROI das empresas. Essa abordagem de negócio ajuda clientes de setores regulados a evitar multas e sanções sem sacrificar agilidade; ao contrário, gerando novos ganhos de mercado. 

Olhando à frente: as tendências para quem busca eficiência operacional 

Para se manterem competitivas, lideranças devem ficar atentas a tendências tecnológicas e culturais. A migração do modelo on-premise para a nuvem deve continuar sendo fundamental. Além de agilidade e escalabilidade, ela fortalece a conformidade regulatória. Isso proporciona também maior segurança, pois oferece controles integrados e atualizações automáticas de compliance. 

O futuro também indica que as empresas que romperem com suas barreiras culturais sairão na frente. Líderes devem encorajar a mudança e investir na capacitação contínua das equipes, garantindo que todos saibam tirar proveito das novas tecnologias. 

Portanto, ao acompanhar de perto a evolução tecnológica e fomentar uma cultura corporativa orientada por dados e conformidade, os líderes asseguram que a eficiência operacional e a conformidade avancem sempre juntas. 

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Conclusão 

O ambiente regulatório corporativo exige que as empresas sejam, simultaneamente, eficientes e conformes. Evidências do mercado mostram que essa integração gera resultados concretos: ela diminui riscos de multas, aumenta a confiança de investidores e clientes, e até impulsionar receitas

Pesquisa da A-LIGN revela que 34% das grandes empresas adotam compliance como meio para aumentar receita e conquistar novos clientes. Por outro lado, negligenciar o compliance tem impacto elevado: em média, o custo de não-conformidades é quase três vezes superior ao de investir em controles. 

Portanto, aliados à agilidade, os programas de conformidade inteligentes se tornam verdadeiros promotores de vantagem competitiva. Ao usar tecnologia de ponta (IA, automação e nuvem, por exemplo), estabelecer processos integrados e promover uma cultura alinhada, companhias de setores regulados podem multiplicar ganhos operacionais sem renunciar à conformidade. 

Tal convergência pode se tornar um verdadeiro ciclo virtuoso de eficiência e compliance, e alcançar esse estágio é um imperativo estratégico para qualquer organização que busque crescimento sólido e sustentável.

Quer descobrir como unir eficiência e conformidade no seu setor? Nossos especialistas estão prontos para ajudar a mapear riscos e definir a melhor estratégia. Fale com a gente hoje mesmo!

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