Você sabe tudo o que precisa saber sobre gases de efeito estufa (GEEs)? Como sua empresa está fazendo o controle desses gases? Qual é a relação de gases de efeito estufa e ESG? Leia o texto a seguir e tire todas as suas dúvidas a respeito deste assunto.
Os últimos 10 anos mostraram que as mudanças climáticas estão acontecendo agora e é provável que fique muito pior. Veja algumas evidências constatadas pela Nasa:
- A temperatura média da superfície do planeta aumentou cerca de 1 °C desde o final do século 19;
- Todos os sete anos mais quentes da história foram a partir de 2015, sendo o top três: 2016, 2019 e 2020;
- O nível global do mar subiu cerca de 20 centímetros no século passado. A taxa nas últimas duas décadas, no entanto, é quase o dobro da do século passado e acelera ligeiramente a cada ano;
- Os mantos de gelo da Groenlândia e da Antártida diminuíram em massa. Dados mostram que a Groenlândia perdeu uma média de 279 bilhões de toneladas de gelo por ano entre 1993 e 2019, enquanto a Antártida perdeu cerca de 148 bilhões de toneladas de gelo por ano;
- Desde o início da Revolução Industrial, a acidez das águas superficiais dos oceanos aumentou cerca de 30%.
Muitas dessas constatações se devem, em grande parte, pelo aumento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera e outras atividades humanas. As consequências de cada uma dessas evidências vivenciamos no nosso dia a dia, com eventos catastróficos e desastres naturais mais e mais frequentes.
Gases de efeito estufa
Os gases de efeito estufa são gases que podem reter o calor. Eles receberam esse nome de “estufa” por sua similaridade a esta estrutura. A estufa é uma câmara fechada com painéis de vidro transparente que deixam entrar a luz do sol. Essa luz por sua vez, cria calor e por ser toda fechada, o grande truque de uma estufa é que ela não deixa esse calor escapar.
É exatamente assim que os gases de efeito estufa agem. Eles deixam a luz do sol passar pela atmosfera, mas impedem que o calor que a luz do sol traz saia da atmosfera. No geral, os gases de efeito estufa são uma coisa boa. Sem eles, nosso planeta seria muito frio e a vida como a conhecemos não existiria. Entretanto, tudo que é em excesso não é bom. A quantidade de GEEs liberados hoje de atividades lideradas por humanos supera amplamente as liberações que ocorrem naturalmente e a capacidade do planeta de absorvê-los.
As fontes de emissão desses gases variam muito de país para país, podendo ser diferente inclusive entre regiões no próprio país. Mas, de forma geral, as principais delas podem ser notadas abaixo:
ESG e os gases de efeito estufa
Não é de hoje que ouvimos ou lemos sobre “controlar ou até mesmo reduzir os gases de efeito estufa”. Este é um tema que vêm se tornando, ano após ano, uma preocupação global, discutida em grandes conferências mundiais envolvendo países e empresas. Mas você deve ter notado que este assunto se tornou ainda mais falado na última década. Sem surpresa, as organizações enfrentam uma pressão crescente – de investidores, grupos de defesa, políticos, consumidores e até mesmo líderes empresariais – para reduzir as emissões de GEE de suas operações e suas cadeias de fornecimento e distribuição.
Segundo a Harvard Business Review, cerca de 90% das empresas do S&P 500 (500 maiores empresas do mundo listadas e domiciliadas nas principais Bolsas de Valores dos Estados Unidos, a NYSE e a Nasdaq) agora emitem algum tipo de relatório ambiental, social e de governança corporativa (ESG), quase sempre incluindo uma estimativa das emissões de GEE da empresa.
A notícia ruim é que já estamos mergulhados em uma crise climática. Isso significa que, mesmo que as empresas reduzissem seus GEEs a zero amanhã, o dióxido de carbono na atmosfera permanece lá por 300 a 1.000 anos. É tarde demais para parar o aquecimento, mas a redução das emissões retardará o aumento e ajudará a evitar catástrofes futuras.
O problema é que estimar as emissões de GEE não é tão simples quanto analisar o balancete financeiro de uma empresa no ano passado. Os cálculos usam fatores de emissão publicados que são específicos para processos e atividades industriais individuais.
Além disso, enquanto os programas federais de relatórios de GEE normalmente analisam as fontes diretas de emissão relacionadas à produção e combustão de combustível, relatar GEEs como parte de um programa ESG geralmente considera emissões indiretas para cima e para baixo na cadeia de suprimentos, bem como emissões financiadas em um portfólio.
GHG Protocol
De fato, os relatórios de ESG também conhecidos como relatórios de sustentabilidade se tornaram indispensáveis para as empresas de capital aberto que querem ser reconhecidas como investimentos ESG. Entretanto, as metodologias de medição e os relatórios ainda estão longe de ser padronizados. Como consequência, poucos relatórios ESG se envolvem significativamente com as compensações morais dentro dos três pilares e com os lucros da empresa. Além disso, as organizações também apresentam seletivamente métricas que se retratam de forma favorável, resultando na percepção generalizada de que os relatórios ESG estão inundados de greenwashing.
Se tratando especificamente do controle de emissão de gases de efeito estufa, uma das grandes iniciativas para padronização, incentivo à divulgação dos inventários e maior transparência, foi criado o Greenhouse Gas Protocol. Mais conhecido como GHG Protocol, este programa estabelece estruturas globais padronizadas e abrangentes para medir e gerenciar as emissões de GEEs de operações do setor público e privado, cadeias de valor e ações de mitigação. Para a realização dos inventários corporativos, o GHG Protocol estabelece seis passos básicos:
- Os limites organizacionais dependem da estrutura da empresa e do relacionamento com todas as partes envolvidas. As operações das empresas variam nas suas estruturas legais e organizacionais. Incluem operações de propriedade integral, joint ventures incorporadas e não incorporadas, subsidiárias e outras;
- Já os limites operacionais são determinados por meio da identificação das emissões de GEE associadas às operações da empresa incluídas nos limites organizacionais. Essas emissões devem ser classificadas como diretas ou indiretas.
Para ajudar a delinear as fontes de emissões direta e indireta, melhorar a transparência e ser útil a diferentes tipos de organizações, diferentes tipos de políticas climáticas e objetivos de negócio, foram definidos três escopos para registro e relatório de GEE:
- Posteriormente, cada empresa irá fazer o levantamento de seus dados de emissão de acordo com as especificidades de sua operação e de suas fontes de GEE. Essa etapa do processo deve respeitar a definição de escopos realizada no primeiro passo.
- No site do GHG Protocol, existem diferentes ferramentas, divididas nas categorias setores cruzados (combustão estacionária, combustão móvel, utilização de HFC e incerteza de medições e estimativas) e específicas do setor (alumínio, ferro e aço, cimento, petróleo e gás, pasta e papel, empresas de escritório, entre outros). As ferramentas têm explicações passo a passo para aplicação e seu uso é opcional.
- A última tarefa do inventário é a produção de um relatório e, para esse, existem metodologias muito bem definidas tanto no GHG Protocol, quanto na própria ABNT ISO/TR 14069:2015.
Tecnologia e inventário GEE
Como já dito anteriormente, os dados de emissão de gases de efeito estufa estão espalhados por diferentes departamentos, sites e regiões geográficas. Consolidar e converter dados em insights acionáveis para ajudar a reduzir as emissões também é um grande desafio.
Por isso, o uso de uma ferramenta pode ajudar as empresas a eliminar erros humanos, realizar análises de cenários eficazes além de gerenciar suas emissões de GEEs em todos os níveis.
A SoftExpert criou um processo automatizado para simplificar a realização do inventário de emissão de GEEs na sua empresa. Ele está pronto e basta você sair usando! Veja alguns dos benefícios que você terá com esse processo:
- Compartilhamento do conhecimento e gestão automatizada das emissões de GEE de sua instituição;
- Identificação de focos de emissão, possibilitando à adoção de medidas para a redução de emissões e, consequentemente, ao aumento da eficiência e redução de custos;
- Demonstração de um posicionamento transparente quanto à responsabilidade climática;
- Reconhecimento da sociedade e investidores;
- Contribuição para a base de dados sobre GEE do setor privado brasileiro.
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