RDC 654: como ela afeta a fabricação de medicamentos
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RDC 654: como ela afeta a fabricação de medicamentos

Publicado em 24 de Setembro de 2024

As Resoluções da Diretoria Colegiada são normativas criadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para regulamentar diversas áreas. No setor de Saúde, a RDC 654 foi publicada em 2022 e traz as diretrizes que falam sobre as Boas Práticas de Fabricação de Insumos Farmacêuticos Ativos.

Dessa forma, ter conformidade com essa RDC é fundamental para empresas que buscam realizar a farmacovigilância correta de seus produtos. Ou seja: ela existe para garantir que as matérias-primas utilizadas tenham a qualidade e a segurança demandadas pelo órgão regulatório do Brasil.

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O que é uma RDC

Mas antes de falarmos especificamente da Resolução da Diretoria Colegiada 645, vamos relembrar o que é uma uma RDC.

Todas as agências regulatórias contam com suas diretrizes e normas que visam regulamentar os setores sobre os quais atuam. No caso do Brasil, a Anvisa tem foco principal nas áreas de saúde, educação e meio ambiente e é ela quem cria as RDCs.

A maioria das Resoluções traz boas práticas, normas e legislações que precisam ser respeitadas pelas empresas. As RDCs visam não apenas assegurar a segurança e o bem-estar de quem atua nessas companhias, mas também proteger o público consumidor através do reforço na qualidade e na eficácia dos produtos fabricados por elas.

Saiba mais: Guia para fazer o Gerenciamento de Riscos no setor farmacêutico

Qual o objetivo da RDC 654/22

No caso específico da RDC 654, a Anvisa estipula quais são as boas práticas de fabricação (BPF) de medicamentos analisando especificamente a manufatura dos insumos farmacêuticos ativos (também conhecidos como IFA).

Por isso, essa Resolução se relaciona com outra, a RDC 658. Essa, por sua vez, trata sobre as boas práticas de fabricação (BPF) em geral.

Veja abaixo o que diz a RDC 654:

“Art. 1º Esta Resolução estabelece os procedimentos e as práticas que o fabricante deve aplicar para assegurar que as instalações, métodos, processos, sistemas e controles usados para a fabricação de insumos farmacêuticos ativos sejam adequados, de modo a garantir qualidade e permitir seu uso na elaboração de produtos farmacêuticos”.

Portanto, a RDC 654 de 2022 não avalia a qualidade de um medicamento em si, mas na verdade olha para uma etapa anterior: a confecção da matéria-prima principal usada na fabricação desse medicamento.

Para isso, a Resolução traz uma série de boas práticas e medidas que visam garantir a qualidade e a segurança de um IFA. Dessa forma, a Anvisa fiscaliza as empresas e faz o controle sanitário dos insumos farmacêuticos ativos e de todas as atividades, ferramentas, máquinas e sistemas envolvidos nesse processo.

Você pode conhecer todos os detalhes da RDC 654 clicando aqui.

Veja também: Como escolher os melhores fornecedores para indústria farmacêutica

O que são insumos farmacêuticos ativos

Os insumos farmacêuticos ativos podem ser considerados os principais “ingredientes” da fabricação de um medicamento. Eles são a matéria-prima que confere ao produto a sua propriedade farmacêutica.

Ou seja, o insumo ativo é o que faz com que um medicamento funcione, pois é o que gera efeitos no organismo com o objetivo de diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma doença.

Todos os IFAs devem estar registrados na Anvisa, sejam eles usados na confecção de medicamentos nacionais e importados, sob a forma de produto semielaborado ou acabado. Essa obrigação foi estipulada por outra Resolução, a RDC 359.

Leia mais: Como implementar as Boas Práticas de Fabricação

Conclusão

Com a criação da RDC 654, a Anvisa deixou mais claro quais critérios precisam ser seguidos na hora de uma empresa fabricar os IFAs que serão usados em seus medicamentos. Dessa forma, o órgão facilita a conformidade e protege a saúde da população.

Em contrapartida, as companhias precisam ter cada vez mais atenção a essas boas práticas de fabricação dos insumos farmacêuticos ativos, não apenas para evitar multas e sanções legais, como também visando resguardar a qualidade de seus produtos e a sua reputação no mercado.

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Sobre o autor
Guilherme Not

Guilherme Not

Guilherme Not é jornalista, redator, analista de marketing e produtor de conteúdo com mais de 10 anos de experiência na criação e gestão de estratégias de comunicação digital. Ele combina sua expertise em marketing e comunicação para oferecer insights valiosos sobre o impacto das soluções de software de gestão de conformidade. É apaixonado por tecnologia, inovação e sobre construir conteúdo envolvente e informativo que ajuda empresas a navegarem no dinâmico mundo da conformidade corporativa.

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