Segurança em Nuvem: como blindar sua empresa contra vazamentos e ataques
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Segurança em Nuvem: como blindar sua empresa contra vazamentos e ataques

Publicado em 1 de October de 2024

A segurança em nuvem é uma coleção de medidas de segurança pensadas para proteger uma infraestrutura baseada em nuvem. Essas ações garantem a autenticação de usuários e dispositivos, o controle do acesso a dados e recursos, e a proteção da privacidade dos dados.

O campo de conhecimento da segurança em nuvem também possibilita a conformidade do seu método de armazenamento de dados com a legislação da região onde sua organização opera. As medidas são aplicadas em ambientes cloud para proteger as informações de uma empresa e de seus clientes contra ataques de DDoS, malware, hackers e acesso de usuários não autorizados.

Este texto vai falar sobre a importância da segurança na nuvem, suas diferentes soluções e como ela funciona na prática. Então vamos lá!

Importância da segurança em nuvem

As organizações têm cada vez mais movido seus fluxos de trabalho mais para a computação em nuvem. Para acompanhar esse movimento, é crucial garantir a segurança dos aplicativos e dos dados de seus clientes.

A segurança de nuvem é fundamentalmente uma responsabilidade compartilhada com a provedora do serviço cloud. Os elementos que serão responsabilidade de cada parte vão variar dependendo do contrato que você assinar e da área onde sua empresa opera.

Esses são os principais benefícios da segurança em nuvem:

  • Visibilidade. Permite que você aplique conceitos de transparência no ambiente de nuvem. Desse modo, as equipes de segurança vão saber quais solicitações estão sendo feitas via API e quais vieram de interfaces de usuários — ao mesmo tempo em que conferem dados analíticos relacionados a elas.
  • Compliance. A segurança cloud ajuda sua empresa a lidar com os requisitos de conformidade regulatória. Em especial aqueles que determinam onde os dados podem ser armazenados e o nível de privacidade dos usuários que precisa ser respeitado.
  • Proteção contra vulnerabilidades. Garante que os usuários, seus dados e os sistemas dos servidores estejam protegidos contra ameaças tipo ataques DDoS, exploração de APIs e corrupção intencional de informações.
  • Delegação de responsabilidades. Um bom plano de segurança de nuvem permite que você atribua responsabilidades à provedora de serviços cloud, determinando que ela cuide do seu lado da proteção dos clientes.
  • Controle de acessos. Implemente controles de acesso e autenticação para usuários da nuvem e seus dispositivos. Isso pode ser feito de modo independente da localização deles, geralmente através de um modelo de confiança zero.

Leia mais: O que é cloud compliance e como implementá-la na sua organização

4 desafios da segurança em nuvem

Todas as empresas enfrentam riscos e ameaças de segurança nas suas operações diárias. É impossível eliminar completamente esses desafios, mas a sua organização pode gerenciá-los.

Portanto, é benéfico saber quais são os riscos mais comuns com antecedência e se preparar para lidar com eles dentro do seu ambiente corporativo. Para isso, separamos os principais desafios da segurança na nuvem e a melhor maneira de enfrentá-los.

1. Superfície de ataque não gerenciada

Uma superfície de ataque é o nível de exposição total da sua organização. Ou seja, a soma de todos os pontos onde um criminoso poderia tentar ganhar acesso aos sistemas e aos dados da sua empresa.

Geralmente a superfície de ataque é composta pelos seguintes elementos:

  • Sites. Todos os sites hospedados pela sua empresa, incluindo aqueles públicos, internos e de e-commerce.
  • Dispositivos. Qualquer aparelho conectado às redes da sua organização. Inclui notebooks, celulares, servidores e dispositivos de Internet das Coisas (IoT).
  • Aplicativos. Qualquer software acessível de fora da empresa, seja um app para smartphones, aplicações web ou APIs.
  • Infraestrutura cloud. Qualquer serviço na nuvem utilizado pela empresa, como software ou armazenamento cloud públicos, privados ou híbridos.
  • Redes. Qualquer rede usada pela empresa para conectar seus aparelhos e sistemas. Inclui a internet, infraestruturas privadas e conexões públicas.

Para resolver isso, o ideal é que a sua companhia implemente um processo de gestão de superfície de ataque (ASM) — do inglês Attack Surface Management. Esse é o processo de identificar, monitorar e gerenciar de modo contínuo todos os ativos internos e externos que são conectados à internet.

Sua equipe de segurança digital deve buscar potenciais vetores de ataque e vulnerabilidades. O objetivo principal do ASM é aumentar a visibilidade dos problemas existentes e reduzir o risco causado por eles.

2. Erro humano

A firma de consultoria Gartner aponta que, no ano de 2025, 99% de todas as falhas de segurança em nuvem serão causadas por algum nível de erro humano. Esse é um risco constante quando falamos de construir aplicativos corporativos.

A facilidade de uso dos serviços cloud trazem consigo um ponto de atenção: ela pode significar que os usuários estão trabalhando com APIs que não foram informadas ao seu time de TI. Isso abre brechas de segurança no seu perímetro virtual.

Para lidar com isso, você deve criar sistemas de controle fortes e educar seus colaboradores para que sempre tomem as decisões corretas.

Evite culpar os indivíduos pelos erros que acontecerem. Culpe o processo e crie procedimentos e proteções para ajudar as pessoas a fazerem a coisa certa de modo seguro.

3. Configuração incorreta

Este elemento pode significar quaisquer bugs, lacunas ou erros que podem expor o seu ambiente a riscos durante a adoção, migração ou configuração da sua nuvem. Problemas de configuração podem levar a ameaças de cibersegurança na forma de violações de segurança, ataques hacker, ransomware, malware ou ameaças internas.

Todos esses elementos podem explorar vulnerabilidades ou configurações incorretas para acessar a sua rede. Por causa de sua complexidade, problemas nos ajustes da sua infraestrutura causam uma preocupação especial em sistemas multi-cloud — mas são uma ameaça para qualquer tipo de setup em nuvem.

O problema geralmente é causado pela configuração indevida de permissões, controles de acesso ou definições gerais da sua nuvem. A situação fica ainda mais grave se você deixar esses valores nas suas configurações padrão, o que pode levar à exposição de informações sensíveis, à concessão de privilégios indevidos ou à criação de lacunas de segurança inesperadas.

A melhor forma de lidar com essa questão é fazer o monitoramento devido e aplicar os controles necessários para as configurações da sua nuvem.

Gestão de acessos

O primeiro passo é a gestão de acessos, com a configuração correta das funções de cada colaborador e suas respectivas permissões de acesso. Além disso, é fundamental a implementação de autenticação multifator (MFA).

Ambientes serverless

Para ambientes sem servidor, é importante garantir que as funções cloud não estão acessíveis publicamente. Também verifique que o seu serviço de hospedagem não está vulnerável a ataques.

Ambientes virtuais

Já em ambientes virtuais, defina um limite para a criação de máquinas virtuais (VMs). As permissões devem ser concedidas de forma que apenas os administradores tenham acesso às VMs.

Redes

Certifique-se de que o encaminhamento de IPs está desativado para grupos de segurança. Adicionalmente, a atribuição de endereços de IP públicos para recursos específicos deve ser altamente limitada, minimizando a exposição a ameaças em potencial.

Bancos de dados

No caso das databases, sempre imponha a rotação de certificados SSL. Também evite que os bancos de dados estejam publicamente acessíveis, o que vai prevenir o acesso não autorizado e potenciais violações de informações sensíveis.

4. Vazamento de dados

Um vazamento de dados ocorre quando informações sensíveis deixam sua posse sem o seu conhecimento ou permissão. Os dados valem mais para os criminosos do que qualquer coisa, fazendo com que eles sejam alvos da maioria dos hackers com intenções maliciosas.

O impacto de uma brecha de segurança vai depender do tipo de informação que foi roubada. Cibercriminosos vendem informações pessoalmente identificáveis (PII) e dados pessoais de saúde (PHI) na dark web para outros infratores que desejam usar esses registros para emails de phishing ou para o roubo de identidades.

Documentos internos e emails são outros dados sensíveis que podem ser usados para impactar negativamente a sua organização. Por exemplo, criminosos podem se apropriar dessas informações para causar danos à reputação da sua marca ou sabotar o preço das suas ações.

Para evitar ser vítima de um vazamento de dados, você precisa primeiro fazer avaliações de risco com uma boa regularidade. Faça uma varredura em busca de vulnerabilidades e dê uma atenção especial aos bancos de dados que contêm informações sensíveis.

Depois disso, é importante priorizar e implementar controles de segurança para mitigar os riscos que você encontrou. Finalmente, crie relatórios para documentar e posteriormente revisitar quaisquer ameaça que você tenha encontrado — mesmo aquelas menores com as quais sua equipe vai lidar posteriormente.

Leia mais: Transformação digital – Por que migrar para a nuvem?

Tipos de solução de segurança em nuvem

A solução ideal de segurança para computação em nuvem vai depender do ambiente específico e das necessidades da sua organização. Como esse é um campo complexo e em constante evolução, você deve se adaptar às novas tecnologias para conseguir acompanhar os desafios e ameaças que surgem todos os dias.

Para isso, foram desenvolvidos diferentes tipos de solução que vão tratar de manter sua infraestrutura cloud a salvo dos criminosos. Esses são os principais tipos de solução para segurança na nuvem:

Gerenciamento de Informações e Eventos de Segurança (SIEM)

Vindo da expressão em inglês Security Information and Event Management, o SIEM coleta, analisa e correlaciona dados de diferentes fontes. Ele avalia informações vindas de registros, alertas e eventos, com o objetivo de mostrar para você uma visão geral da situação da segurança e da atividade do seu ambiente em nuvem.

Essa é uma tecnologia de cibersegurança que oferece uma visualização única e simplificada dos seus dados. A partir disso, ela oferece insights sobre as atividades de segurança e as capacidades de operação da sua empresa.

Com base nos resultados oferecidos pelo SIEM, você pode detectar, investigar e responder a ameaças de segurança.

Gerenciamento de Identidades e Acesso (IAM)

Outro derivado de uma sigla em inglês, desta vez significando Identity and Access Management. Trata-se de um framework que gerencia as identidades e os direitos de acesso dos usuários e de entidades nos ambientes de nuvem.

A solução inclui um conjunto de tecnologias, regras e práticas que seu departamento de TI pode implementar para gerir o controle e fornecer permissões de acesso dentro da sua rede.

Com o Gerenciamento de Identidades e Acesso, seus dados estarão protegidos: apenas os usuários certos poderão acessar as informações sensíveis, somente nos contextos apropriados.

Prevenção Contra Perda de Dados (DLP)

Conhecida como Data Loss Prevention, essa solução identifica e evita o uso incorreto ou o compartilhamento não autorizado de dados sensíveis. A DLP é um componente da Detecção e Resposta de Endpoint (EDR), cuidando da prevenção da perda de dados durante a transmissão de informações.

As soluções de DLP buscam ajudar a proteger a propriedade intelectual, a informação dos clientes e os registros financeiros da sua empresa. Elas atuam contra o acesso não autorizado, o uso indevido e a perda de dados sensíveis com o intuito de garantir conformidade e resguardar a reputação da sua marca.

Uma boa estratégia de DLP deve incluir os seguintes elementos:

  • Identificação de dados
  • Classificação de dados
  • Monitoramento e aplicação
  • Treinamento contínuo e orientação dos colaboradores

Infraestrutura de Chaves Públicas (PKI)

A Public Key Infrastructure é uma solução que usa criptografia para dar segurança à comunicação e às transações entre usuários e entidades em ambientes na nuvem. Essa tecnologia por criptografar, descriptografar, assinar e verificar dados usando chaves públicas e privadas, certificados e autoridades de certificação.

Estamos falando de uma das formas mais comuns de criptografia na internet. Ela possui um longo histórico de trazer segurança e permitir a autenticação de comunicações digitais. Desse modo, a PKI garante a privacidade das mensagens sendo enviadas e verifica que a pessoa que a enviou é quem diz ser.

Plataforma de Proteção de Aplicações Nativas da Nuvem (CNAPP)

Oferece segurança de ponta a ponta para aplicações cloud nativas que rodam em contêiners, plataformas sem servidor ou arquiteturas de microsserviços. Ela ajuda a trazer segurança para todo o ciclo de vida da sua infraestrutura, desde o desenvolvimento até a implementação.

A CNAPP faz escaneamentos em busca de vulnerabilidades e erros de configuração. Além disso, ela também integra ferramentas de DevOps e processos para garantir uma implementação de segurança sem contratempos.

A solução ainda auxilia na aplicação de políticas e de compliance, garantindo o cumprimento de padrões de segurança. Para completar, ela detecta e evita ataques, protegendo suas aplicações durante o ciclo de vida delas.

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Conclusão

A segurança em nuvem é um componente essencial para qualquer organização que deseja aproveitar as vantagens da computação cloud sem comprometer a integridade de suas informações e a privacidade de seus clientes. Com a adoção crescente de soluções em nuvem, é fundamental entender os desafios e as soluções disponíveis para mitigar riscos e garantir a conformidade regulatória.

Investir em ferramentas de segurança específicas e adotar boas práticas controle de acessos são passos fundamentais para garantir uma infraestrutura robusta e resiliente. A chave para o sucesso é uma abordagem contínua e integrada de segurança, acompanhando a evolução tecnológica e as ameaças emergentes.

Com essas medidas, sua organização poderá navegar no ambiente de nuvem de forma segura, mantendo o foco no crescimento e na inovação — enquanto protege seus ativos mais valiosos.

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Sobre o autor
Carlos Estrella

Carlos Estrella

Carlos Estrella é Analista de Marketing de Conteúdo na SoftExpert. Com uma graduação em jornalismo, ele dedicou os últimos anos a dominar os campos de SEO e marketing de conteúdo. Ele tem experiência com artigos de blog, vídeos no YouTube, podcasts, videocasts, webinars e escrita criativa.

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