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Sistema de Gestão de Energia: como escolher o melhor software para sua empresa

Publicado em 3 de Julho de 2025
16 min de leitura

O Sistema de Gestão de Energia (SGE) é um framework estratégico que combina software, hardware e processos para monitorar, analisar e otimizar o consumo energético em instalações industriais, comerciais ou administrativas. Ele transforma dados brutos de energia em informações úteis, permitindo que as organizações reduzam o desperdício, economizem dinheiro e minimizem seu impacto ambiental.

O aumento de preço do fornecimento de energia elétrica e a pressão da mudança climática fazem com que a gestão proativa do consumo energético seja essencial para se manter competitivo. A implementação de um SGE alinhado com o padrão ISO 50001 vai lhe oferecer uma abordagem estruturada para alcançar a melhoria contínua através da metodologia PDCA.

As legislações modernas estão intensificando essa pressão, como no exemplo da Diretiva 2023/1791 da União Europeia. Essa regulamentação traz padrões mais elevados de desempenho energético, exigindo a adoção de SGEs para determinadas empresas e a execução de auditorias energéticas para outras.

A escolha do software certo é crítica para integrar esses padrões e se adaptar a mudanças futuras nas legislações dos países onde a sua organização opera.  Afinal, a rigorosidade regulatória e a necessidade de atingir os objetivos de sustentabilidade vão influenciar diretamente a eficácia da sua conformidade e os seus ganhos operacionais.

Neste artigo, vamos falar sobre como lidar com a adoção de um SGE em meio a essas pressões, mostrando como escolher o software certo para transformar o compliance numa vantagem competitiva.

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Qual a diferença entre Auditoria de Energia e Sistema de Gestão de Energia (SGE)?

As auditorias de energia são exames sistemáticos de diagnóstico que avaliam os fluxos de energia, o desempenho dos equipamentos e os padrões de consumo de uma organização. Para isso, ele usa metodologias como análise de contas de energia, inspeções no local e termografia infravermelha.

Essas avaliações resultam num retrato estático do uso de energia, mas não oferecem um rastreamento contínuo para detectar ineficiências que estão evoluindo com o tempo. Outra limitação é que as auditorias por si só não levam sua organização a caminhos de melhoria contínua para além do período de diagnóstico.

Para dar um exemplo, a Diretiva 2023/1791 da União Europeia exige auditorias de empresas de consumo médio (de 10 a 85 TJ/ano) a cada quatro anos. Mas suas limitações fazem com que as auditorias por si só não sejam suficientes para empresas maiores.

É nesse momento que entra em cena o Sistema de Gestão de Energia, que terá sua implementação exigida de todas as empresas europeias de alto consumo — acima de 85 TJ por ano.

Diferentemente da auditoria de energia, o SGE em conformidade com a ISO 50001 vai estabelecer um ciclo PDCA contínuo para a melhoria do desempenho energético. Essa ação traz maior responsabilidade para as operações diárias da empresa em questão.

A longo prazo, a adoção de um SGE vai diminuir os gastos da sua organização a partir da automatização e de ajustes preditivos. Enquanto isso, a auditoria por si só vai exigir investimentos recorrentes para oferecer um retrato estático.

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Vantagens da Auditoria de Energia

A seguir, você confere as principais vantagens da auditoria de energia:

  • Encontre ganhos rápidos com ROI de curto prazo. Você identifica oportunidades imediatas e de baixo custo, como trocar lâmpadas ineficientes por LEDs, fechar vazamentos de ar e otimizar a operação dos sistemas de climatização.
  • Abordagem estruturada para diagnóstico. As auditorias oferecem uma metodologia abrangente de avaliação para encontrar ineficiências escondidas. Essa avaliação sistemática vai buscar desperdícios de energia que passaram despercebidos durante as operações rotineiras.
  • Conformidade e definição da linha de base. Esse tipo de análise permite que você determine um consumo energético base para comparar com melhorias futuras. No caso da conformidade com a Diretriz de Eficiência Energética (DEE) da EU, a auditoria vai proporcionar a documentação necessária para empresas de consumo médio.

Limitações da auditoria de energia

Em contrapartida, fazer avaliações do tipo sem um SGE por trás resulta nas seguintes limitações:

  • Retrato estático. As auditorias esporádicas capturam dados de um período limitado, normalmente entre uma e quatro semanas. Por isso, fica difícil levar em conta variações sazonais, picos de produção ou degradação de equipamentos.
  • Dificuldade de capturar ineficiências dinâmicas. Avaliações pontuais não vão conseguir detectar problemas que acontecem em tempo real: vazamento de compressor durante a troca de turno, flutuações na tensão elétrica ou falhas transitórias em processos.
  • Falta de uma análise de padrões a longo prazo. Você não tem acesso aos mecanismos para acompanhar tendências de desempenho após a implementação de mudanças. Por exemplo, você não sabe se uma alteração que trouxe resultado imediato não vai voltar a dar problema meses depois.
  • Limita-se a percepções reativas. As descobertas das auditorias vão depender de dados históricos, fazendo com que a sua abordagem seja naturalmente reativa. Desse modo, fica quase impossível de prever falhas futuras ou de automatizar ajustes — como se faz num SGE usando os Indicadores de Desempenho Energético (EnPIs).

Vantagens de usar um SGE

Para quem opta pelo uso de um software para gestão de energia, esses são os principais benefícios:

  • Redução contínua de custos. Diferentemente das auditorias periódicas, um Sistema de Gestão de Energia (SGE) permite o monitoramento em tempo real dos padrões de consumo de energia e automatiza ações corretivas. Isso gera economias sustentadas por meio de ajustes dinâmicos nas operações, deslocamento de carga e manutenção preditiva.
  • Inteligência corporativa com decisões orientadas por dados. Os melhores SGEs utilizam análises impulsionadas por IA para transformar dados brutos em insights que geram ações. Eles podem identificar ineficiências ocultas e necessidades energéticas com base em cronogramas de produção e dados meteorológicos.
  • Resiliência Operacional. Integra-se a sensores IoT e sistemas de controle predial/processual para prevenir paradas não planejadas. Exemplos incluem alertas de consumo anormal, redução automática de carga durante instabilidades e o uso de painéis de EnPIs em tempo real.

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Quando é necessário usar um Software de Gestão de Energia?

Ter um Software de Gestão de Energia (SGE) é fundamental para empresas que precisam lidar com a Diretiva de Eficiência Energética da União Europeia. Ele fará com que a conformidade deixe de ser um fardo burocrático para se tornar uma vantagem competitiva.

Isso é alcançado através da coleta de dados, auditoria e criação de relatórios. Para empresas que atingem os limites de consumo de energia da 2023/1791, essa ferramenta vai ajudar a facilitar a certificação com a ISO 50001, acompanhar Indicadores de Desempenho Energético (EnPIs) e sinalizar desvios em tempo real.

Você pode contar com um SGE para reduzir os erros manuais e deixar sua organização pronta para a auditoria com mais agilidade.

Sua empresa precisa de um Sistema de Gestão de Energia caso ela se encaixe nos seguintes perfis:

  • Ecossistemas industriais complexos: instalações com múltiplas fontes de consumo. Por exemplo, uso de ar comprimido, processos de aquecimento e sistemas HVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado).
  • Frameworks integrados às normas ISO: empresas tirando proveito das certificações ISO 9001 ou ISO 14001 e que buscam ter painéis de dados unificados.
  • Automatização da conformidade: organizações que precisam automatizar os relatórios da Diretriz e Eficiência Energética, evitar multas e acompanhar seus EnPIs em tempo real.

Vale destacar que organizações que já possuam certificações ISO obtêm um valor exponencial de se ter um SGE. Afinal, o software consegue centralizar os fluxos de dados, unindo métricas energéticas da ISO 50001 com os KPIs ambientais da ISO 14001 e os controles de qualidade da ISO 9001.

O SGE vai além do que simples checklists regulatórios são capazes de fazer. Para empresas de consumo médio (de 10 a 85 TJ/ano), as auditorias automatizadas têm o potencial de trazer um Retorno sobre Investimento (ROI) positivo num período de três anos.

Enquanto isso, plataformas impulsionadas por IA conseguem ajudar você a agendar processos de alto consumo para fora dos horários de pico do fornecimento de energia — o que pode resultar numa bela economia na conta de luz.

Conforme as Diretivas de Eficiência Energética forem evoluindo, os softwares de gestão também vão melhorar. Isso permite que a sua organização se adapte a novos limites, garantindo uma conformidade contínua em meio a mudanças regulatórias.

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Como escolher o software ideal para a gestão de energia?

O software ideal para transformar a conformidade em vantagem competitiva deve alinhar a filosofia de melhoria contínua da ISO 50001 e se adaptar a realidades operacionais dinâmicas. Essa solução deve equilibrar o rigor regulatório com a agilidade exigida pelo mundo real, transformando dados energéticos em inteligência para toda a organização.

Além do monitoramento energético essencial, é indispensável que o sistema ofereça uma a integração fluida com os ecossistemas de sustentabilidade, qualidade e conformidade — permitindo uma governança holística. Priorize estes cinco pilares para garantir que seu investimento esteja preparado para o futuro, assegurando adaptabilidade às exigências dos órgãos reguladores e a rápida adoção pelos colaboradores:

  1. Conformidade com a ISO 50001. Antes de tudo, o software precisa incorporar automaticamente o ciclo Planejar-Fazer-Verificar-Agir (PDCA) nos fluxos de trabalho, com modelos pré-configurados para políticas energéticas, objetivos e registros legais. Ele deve garantir o alinhamento contínuo com os requisitos da norma por meio de análises de lacunas automatizadas e acionadores de ações corretivas.
  1. Painéis EnPI em tempo real. Deve acompanhar indicadores de desempenho energético por meio de visualizações integradas a aparelhos de Internet das Coisas (IoT), detectando anomalias com aprendizado de máquina. Assim, limiares personalizáveis podem disparar alertas em caso de desvios, permitindo intervenção imediata antes que o desperdício aumente.
  1. Relatórios automatizados e trilhas de auditoria. O sistema precisa gerar documentos de conformidade com regulamentações como a Diretiva da UE 2023/1791 e pacotes de auditoria da ISO 50001 com um clique. Ele tem que manter registros digitais imutáveis das fontes de dados energéticos, cálculos e evidências para verificação regulatória.
  1. Hub de integração multifuncional. Idealmente, o programa escolhido unifica os dados energéticos com os módulos de qualidade (ISO 9001), sustentabilidade (ESG) e segurança (ISO 45001) em uma única plataforma. Ele precisa sincronizar os EnPIs em tempo real com os resultados de produção, pegadas de carbono e métricas de desempenho de fornecedores para relatórios unificados.
  1. Arquitetura escalável e Experiência do Usuário (UX) intuitiva. Caso tenha um design modular, o software poderá ir além do monitoramento de um único local e atender à governança de múltiplas instalações sem necessidade de reimplementação. Ele também poderá apresentar fluxos de trabalho baseados em funções, construtores de KPIs com recurso de arrastar e soltar e interfaces multilíngues para acelerar a adoção entre as equipes.

Selecionar um software de gestão de energia alinhado a esses critérios eleva a conformidade regulatória de um centro de custos para um facilitador estratégico. Isso prepara as suas operações para o futuro diante de padrões em constante evolução, ao mesmo tempo em que proporciona ganhos sustentáveis de eficiência.

Leia mais: O que é gestão da qualidade e quais os seus 8 princípios

Porque escolher o SoftExpert Suite

O SoftExpert Suite oferece uma plataforma unificada para a gestão de energia, riscos, documentos e conformidade. Ela elimina silos por meio de fluxos de trabalho integrados que sincronizam dados entre os frameworks ISO 50001, ISO 9001 e ESG. Essa abordagem holística transforma uma governança energética fragmentada em um sistema simplificado e auditável — reduzindo duplicações e garantindo alinhamento regulatório em tempo real para todas as suas operações.

Com compatibilidade nativa com a ISO 50001 e a Diretiva 2023/1791 da UE, o software automatiza a conformidade por meio de modelos prontos para políticas energéticas, registros legais e trilhas de auditoria. Ao mesmo tempo, ele se adapta de forma dinâmica às mudanças regulatórias regionais.

Dashboards personalizáveis exibem EnPIs em tempo real, alertas de anomalias impulsionados por IA e planos de ação corretiva automatizados. Com isso, você pode transformar auditorias reativas numa gestão proativa da energia.

Comprovado em implantações industriais — de instalações de manufatura a empresas com alto consumo energético — o SoftExpert Suite permitiu melhorias significativas na eficiência de seus clientes. Prova disso é o caso da Naturgy, que tornou suas auditorias 40% mais eficientes através do uso do software.

Ambientes de demonstração interativos também exibem integrações em tempo real com sensores IoT, sistemas de manutenção e módulos de rastreamento de carbono, acelerando a validação do retorno sobre o investimento (ROI).

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Conclusão

A escolha do software ideal de Sistema de Gestão de Energia (SGE) é uma decisão estratégica para organizações que enfrentam o aumento dos custos energéticos, regulamentações rigorosas e metas de sustentabilidade. Embora as auditorias pontuais ofereçam diagnósticos valiosos para ganhos imediatos, elas não possibilitam a supervisão contínua necessária para garantir eficiência a longo prazo e conformidade proativa.

Um SGE supera essas limitações ao permitir monitoramento em tempo real, ajustes automatizados e reduções sustentadas de custos por meio de insights preditivos. O software de SGE ideal deve integrar perfeitamente o ciclo PDCA da ISO 50001, automatizar relatórios de conformidade e fornecer dashboards dinâmicos de EnPIs.

Por fim, implementar um SGE robusto capacita as organizações a alcançar melhorias contínuas no desempenho energético, mitigar riscos de conformidade e desbloquear economias operacionais significativas. Ao incorporar inteligência energética nos fluxos de trabalho diários, as empresas não apenas atendem às exigências regulatórias atuais, mas também constroem uma vantagem competitiva sustentável para o futuro.

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FAQ – Perguntas Frequentes sobre Sistema de Gestão de Energia (SGE)

Veja as respostas mais importantes para as dúvidas sobre a temática:

Qual a diferença entre Auditoria de Energia e Sistema de Gestão de Energia (SGE)?

A auditoria de energia é um diagnóstico pontual que identifica desperdícios e oportunidades de economia através de análises de contas e inspeções, gerando um retrato estático do consumo. Já o SGE é um processo contínuo baseado na ISO 50001, que implementa o ciclo PDCA (Planejar-Fazer-Verificar-Agir) para monitoramento em tempo real, ajustes automáticos e melhoria constante do desempenho energético.

Quais as vantagens de uma Auditoria de Energia?

Auditorias oferecem ganhos rápidos de eficiência (como troca de lâmpadas ou selagem de vazamentos) com retorno imediato sobre o investimento (ROI). Além disso, estabelecem uma linha de base para medição de melhorias futuras e atendem requisitos de conformidade, como a Diretiva UE 2023/1791 para empresas de consumo médio (10–85 TJ/ano).

Quais as limitações de depender apenas de Auditorias?

Auditorias capturam apenas um momento específico, ignorando variações sazonais ou degradação progressiva de equipamentos. Elas não detectam falhas dinâmicas (ex: vazamentos em tempo real) e não fornecem mecanismos para correção proativa ou análise de tendências de longo prazo.

Quais são os principais benefícios de um SGE?

Um SGE reduz custos continuamente via monitoramento em tempo real, automação de ajustes e manutenção preditiva. Ele também garante conformidade regulatória automática (ex: relatórios para a Diretiva UE 2023/1791), mitiga riscos e oferece insights baseados em IA para otimizar decisões operacionais. 

Quando uma empresa precisa de um Software de Gestão de Energia?

É essencial para empresas com alto consumo (>85 TJ/ano, conforme Diretiva UE 2023/1791), complexidade operacional (múltiplas fontes como HVAC e ar comprimido) ou que busquem integração com normas ISO (50001, 14001). Também é indicado para quem precisa automatizar relatórios de conformidade e evitar multas.

Quais critérios priorizar ao escolher um software de SGE? 

Priorize os seguintes critérios ao escolher um SGE:

Conformidade com ISO 50001: Automatização do ciclo PDCA e análise de lacunas regulatórias. 
Monitoramento em tempo real: Painéis de EnPI (Indicadores de Desempenho Energético) com alertas de anomalias via IA. 
Integração: Capacidade de unir dados energéticos, ESG, qualidade (ISO 9001) e segurança em uma única plataforma. 
Escalabilidade e UX: Arquitetura modular para múltiplas unidades e interface intuitiva para rápida adoção. 

Por que a integração com outros sistemas (como IoT ou ESG) é importante?

Integrações com sensores IoT e sistemas de controle predial permitem prevenção de falhas operacionais (ex: desligamento automático durante picos). Já a conexão com métricas ESG e produção centraliza dados para relatórios unificados, otimizando a governança corporativa.

Como um SGE transforma conformidade em vantagem competitiva?

Ao automatizar relatórios regulatórios e auditorias, o software reduz custos com burocracia e multas. Simultaneamente, os insights preditivos geram economias sustentáveis de energia, melhorando a eficiência operacional e a reputação corporativa.

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Sobre o autor
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Carlos Estrella

Carlos Estrella é Analista de Marketing de Conteúdo na SoftExpert. Com uma graduação em jornalismo, ele dedicou os últimos anos a dominar os campos de SEO e marketing de conteúdo. Ele tem experiência com artigos de blog, vídeos no YouTube, podcasts, videocasts, webinars e escrita criativa.

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